quarta-feira, 21 de março de 2012

Poesia

E para celebrar a Poesia

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


do grandioso Vinicius de Moraes

10 comentários:

  1. Grande Vinicius, RST. Um espectáculo dele era um...espectáculo :)

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  2. Vic,

    Adoro MPB, e tenho uma pena de não ter sido adulta no auge do Vinicius e do Tom Jobim e ter assistido a um concerto, devia ser uma experiência inesquecível, o Vinicius sempre o whiskinho a acompanhar.

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  3. RST, acho que há DVD com espectáculos dele à venda. Podes compensar assim:)

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  4. Depois de ter dado uma volta por toda a poesia que no dia da Poesia se publicou na blogosfera, devo dizer que este foi o que mais gostei! Muito bom!

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  5. Teté,

    Obrigada, adoro este poema, tinha mesmo de ser publicado.

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