quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vida

Ontem recebi  uma notícia que me deixou sem chão, a morte de uma pessoa amiga, quando o telefone tocou por volta das 14:00 h e ouvi que o F. tinha morrido não queria acreditar e fiquei sem reacção, não consigo deixar de pensar nele, não era daqueles amigos mais íntimos mas era um amigo já nos conhecíamos à muitos anos acho que desde sempre e era uma pessoa que era impossível não se gostar e não estou a dizer isto só porque ele morreu, digo isto porque é verdade, além disso nos últimos tempos encontrávamo-nos mais vezes  uma vez que ele pertencia ao clube de ténis que eu também frequento e era um dos impulsionadores da modalidade por estas bandas e ironicamente morreu a jogar ténis, caiu inanimado e não voltou a acordar, é daquelas situações que me custa a aceitar, que lido muito mal e saber que logo tenho de ir ao velório e saber que está ali numa caixa de madeira, é difícil.
São estes episódios que nos fazem pensar o quanto finito somos e que não é por sermos novos que as coisas não nos podem acontecer, vai fazer agora um ano que o marido de uma amiga também morreu, deitou-se e não voltou a acordar, e viver de perto estes dramas faz-me querer viver intensamente cada momento, porque isto aqui é apenas uma pequena passagem que a qualquer momento pode ser interrompida.

10 comentários:

  1. Nestes momentos nada nos consola e, por esa razão e por saber - por experiência própria - aquilo que sente limito-me a deixar-lhe um apertado abraço.

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  2. Nem imaginas quanto tenho pensado nessa nossa finitude nos últimos tempos, Rainha. A nossa ampulheta parece deixar cair os grãos de areia cada vez mais depressa...

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  3. É verdade, Rainha ST. Não somos imortais, nem mesmo enquanto jovens...
    O pior disto tudo é que, mesmo se temos essa consciência, é nos difícil, no dia à dia, vivermos a vida o mais intensamente possível.
    Força.

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    1. Nestes dias tenho pensado muito na nossa mortalidade, mas já sei que daqui a um tempo, provavelmente dias já não me vai ser assim.

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  4. A angústia da morte devia fazer-nos viver melhor, mais dedicados uns aos outros, menos centrados no material e mais no emocional e nos valores, mais serenos, mais contemplativos mas também interventivos em algo que faça sentido para nós e para os nossos valores. Mas isso não acontece. E essa é a verdadeira morte, quanto a mim. Muitos de nós vivemos já "mortos", passe a incongruência.
    Lamento por ti a perda e pela família do F.
    Um beijinho e um xi apertado!

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    1. Mesmica, não podias ter dito melhor, é que é isso mesmo.

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  5. Se por um lado, ficamos com uma imensa tristeza com a perda de um amigo, por outro também nos ajuda a refletir sobre a efemeridade da vida e que temos de viver um dia de cada vez e intensamente, para aproveitar ao máximo cada momento!

    Um abraço para ti!

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